quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Oração


Disposto a se encontrar, corri atrás dos lugares que me levaram ao passado não passado por mim. Tarde cinza, como sempre às 17:40, eu passava e ilustrava, com meus pés, a tétrica marca que hoje era cravada na areia que só teus pés pisaram. Como eu disse, eu vivo no mesmo mundo que você e tendemos a andar nos mesmos lugares onde nós se insultamos. Era movido e comovido de um insano desespero de te escorrer nos meus abraços. O medo acelera e incinera a perda. Atordoados por tal momento, brincávamos salientes ao mundo e modo de ver das pessoas que pouco conhecia nossas histórias. Era conto em cada canto. Com um gosto diferente, gosto de cada gente. Chovia e eu te esperava quando não te via. Sol fazia e lá estava eu na portaria. Esperei horas contadas, mas foi muito mais eterno, mas nem tampouco terno, quando eu deixei de te esperar. A verdade é que tudo já tinha acabado, e todas as lindas e bobas marcas que você deixou no meu sonho acordado, fez durar da cena, o filme da minha vida, que hoje, pretendi esquecer. Amnésia que pára às 17:40 quando lembro de você.

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