domingo, 12 de maio de 2013

Mãe de obra

A escrita sai leve, ao falar de mãe...

Resgato o ventre, a mama e os primeiros-tudo...
Converto o céu naquele cheiro de alho refogado, prenúncio de arroz gostoso no domingo. Um louvor!
Meio do ano, todos as parentes já esquecidos das promessas feitas no réveillon...
"Aproveitar os momentos com a família"

Penso nos que não tem a mãe por perto...
Decerto, uma pungente solidão, 
Mesmo dos que já acostumaram a viver sem
Friso aqui, o verbo ''acostumar''. Não tem sentido completo, afinal, ninguém se acostuma com falta de mãe
Quem já nasceu sem ela, vive "desacostumado" 
Do terno carinho 
Do materno jeitinho
Do eterno, como tantos querem imaginar...

O Ar de mãe que nunca pare do verbo parar
O Ar de mãe que sempre pare do verbo parir 

Partir? Como?
Não deixe, aqui, um mártir 
Tem madrugada todo dia e é teu quarto, o meu, até eu chegar na cidade dos adultos, furtada um punhado
da tua "amadurecência", uma colher de amor...

...coisas de garoto que não sabe escrever nas linhas que tortas da vida, onde Deus escreve tudo bonitin...


Deusa, mesmo, é minha mãe, onipresente no universo que circunda os filhos teus...
Seus, 
Nossos!






Um comentário:

  1. Mãe é o poema mais lindo. A indiscutível e perfeita imperfeição. O olhar mais doce e forte. O colo que jamais adormece

    O clichê mais adorável que há.

    Beijos à Dona Nina.

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