quarta-feira, 19 de junho de 2013

Revolução há! Revogação já!

Ouvia-se apitos de um povo com fome de justiça. Numa tenda branca-amarelada no cerne de uma praça pública, uma multidão. Ecoava no mundo, a humanidade venal que pulsava naqueles que circundavam o lugar. Celebração da paz em busca da justiça. Celebração da justiça em busca da paz. Agrestinos. O coração daquela Alagoas ali, descrita nos cartazes de revolta, de sátira, vergonha e dor.

O hino mais bonito, cantado na voz já rouca. A minha, entre outras mil, a mais cansada. De um suor pra que  aquele evento democrático se desse por via da paz e do amor. Ainda não caiu a ficha! E que não caia! Esse êxtase é só um primeiro dever cumprido. Fora este, uns tantos outros. E estarei lá, pra ostentar um lábaro que se refaz a cada dia. Em progresso.

Na minha mente, um portfólio das melhores recordações. Da sensação de ter grandes amigos conhecidos há, no máximo 3 dias. Da satisfação em saber que não eu estou só por uma causa, e que todos lutam por mim, ali, assim como luto por eles.

Me faltam palavras nesse texto. E nem preciso delas agora. Os atos se farão livros que entrarão na história dessa nação e tudo será um pouco mais justo. Tenho fé cega na mudança. A atitude é minha religião. O povo unido é meu partido. Minha razão.

E à mim só restou a vontade, a justiça e um punhado de lágrimas...




Um comentário:

  1. Sim. Meu grito não foi tão forte, como já o fiz em outros tempos. Sim. Eu calei. Eu observei. Mas observei contente e orgulhosa.

    Lindo texto emocionado de quem doou voz e coração por essa causa.

    Beijo!

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