sexta-feira, 19 de abril de 2013

Testamento


Copiar já faz parte!
Citou aquele que nunca diz
Pois acabaram com a arte
De fazer seu contraste e ser feliz.
Um povo heroico brado, bravo
Travo meus conflitos com amor
E a aldeia dos sábios, salve.
Brasil, entre outras mil, alarga-a-dor.
Um novo canto, tento tanto,
E minto que sempre me importei
Geração dos contatos
Serviu, mas foi ser vil ao que é da lei
Pinturas no corpo, censura do exposto
Cultura no rosto,
Herança, valor!
Alma de música, notícia, novela
Mazela, polícia.
Esperança e amor.
Mas na minha terra eu sou marginal
Obsoleto, do gueto, do meio e do mal
Amuleto de azar. Não respiro o mesmo ar
Sou eu, a falsa moral.

Eu brinco na sua orelha
E o índio se espelha.
Tatuado, atuado, entoado em canção.
Daime o chá que eu quero fugir 
dessa ideia de que nunca existi.
E descobrir o que é “gratidão” em tupi.

3 comentários:

  1. Muito bom! Gostei muito!

    Bjos,

    Eilan

    http://borderline-girl.blogspot.com.br/

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  2. E descobriu-se uma terra,e concluíram que eram estranhos e inapropriados os costumes dos legítimos donos dessa terra. Mudou-se tudo. Contaminou-se tudo.

    "E todos os índios foram mortos", cantou Renato Russo.

    Como consegue escrever tão lindamente?
    Beijo!

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  3. Obrigado por tudo, Milene. Seus comentários são geniais. :)

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