Ser mão de obra
Sermão do padre
que te cobra
A reza e preza
Da tua sobra
De dinheiro
Faz chover
O ano inteiro
Milagres
Que nem Deus, creio,
Deu certeza
Ser tão sabido
Sertão roído
E sem cristão
Os cem que estão
Na igreja
Ver o céu
Na cerveja
E veja
A ironia do réu
Em concluir
No papel,
À Deus,
Sua Proeza
E vê-se assim,
Deus é tudo,
Bom e ruim (?)
No seu nome
Prega o culto
Fala o vulto
Mata a fome
De esperança
Que consome
E aliena
A criança
Que sem culpa
Entra na dança
Faz lambança
O homem, assim
E eu,
Cada vez mais
Ateu
Desse Deus alheio
Faço dele
Eu mesmo
É em mim
Que creio.
Faz chover
O ano inteiro
Milagres
Que nem Deus, creio,
Deu certeza
Ser tão sabido
Sertão roído
E sem cristão
Os cem que estão
Na igreja
Ver o céu
Na cerveja
E veja
A ironia do réu
Em concluir
No papel,
À Deus,
Sua Proeza
E vê-se assim,
Deus é tudo,
Bom e ruim (?)
No seu nome
Prega o culto
Fala o vulto
Mata a fome
De esperança
Que consome
E aliena
A criança
Que sem culpa
Entra na dança
Faz lambança
O homem, assim
E eu,
Cada vez mais
Ateu
Desse Deus alheio
Faço dele
Eu mesmo
É em mim
Que creio.
Há em mim imensa confusão e incerteza acerca das coisas da fé. Não sei aonde me encaixo. Talvez eu acredite...Eu acho que sim. Mas os homens me desanimam, então sigo à margem.
ResponderExcluirNão compreendo tanta maluquice em nome de uma suposta fé, mas enfim, a minha incompreensão é uma minúscula conta no colar infinito do tempo. Ela existirá. Eles continuarão tentando comprar para si o passe de Deus.
Já falei que quando eu crescer, quero escrever feito você?
Por favor, não ria.
Beijo!