sexta-feira, 3 de maio de 2013

Agnoteísmo.


Ser mão de obra 
Sermão do padre 
que te cobra 
A reza e preza 
Da tua sobra 
De dinheiro
Faz chover
O ano inteiro
Milagres
Que nem Deus, creio,
Deu certeza

Ser tão sabido
Sertão roído
E sem cristão
Os cem que estão
Na igreja
Ver o céu
Na cerveja
E veja
A ironia do réu
Em concluir
No papel,
À Deus,
Sua Proeza

E vê-se assim,
Deus é tudo,
Bom e ruim (?)
No seu nome
Prega o culto
Fala o vulto
Mata a fome
De esperança
Que consome
E aliena
A criança
Que sem culpa
Entra na dança
Faz lambança
O homem, assim

E eu,
Cada vez mais
Ateu
Desse Deus alheio
Faço dele
Eu mesmo
É em mim
Que creio.




Um comentário:

  1. Há em mim imensa confusão e incerteza acerca das coisas da fé. Não sei aonde me encaixo. Talvez eu acredite...Eu acho que sim. Mas os homens me desanimam, então sigo à margem.

    Não compreendo tanta maluquice em nome de uma suposta fé, mas enfim, a minha incompreensão é uma minúscula conta no colar infinito do tempo. Ela existirá. Eles continuarão tentando comprar para si o passe de Deus.

    Já falei que quando eu crescer, quero escrever feito você?

    Por favor, não ria.

    Beijo!

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